terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Amamentação e dor

Sei que deve parecer estranho tocar nesse assunto agora, com meu Tito com 4 meses e meio, mas estou há algumas semanas pensando nisso. Amamentar é muito legal. Além de toda importância para a saúde do bebê, tem a questão do vínculo entre mãe e criança e a praticidade, afinal de contas, com um(a) bebezinho pequeno e todas as novidades que vêm com ele(a), é muito bom não ter que ficar esquentando mamadeira a cada duas horas! Fora que vc pode ir pra onde quiser sem ter que levar uma parafernália ainda maior! Dito isso, e sei que para cada uma a experiência é muito distinta, é preciso dizer também que há dor. Estou contando isso aqui porque realmente achava que a dor seria só no comecinho porque ele ainda não pegou direito ou o bico do peito ainda não está acostumado à sua mais nova função. Comigo não foi bem assim. Doeu muito a partir de 15 dias mais ou menos (como meu querido Tio Mauro já havia alertado) porque é quando pelo menos o Tito começou a mamar mais vezes e por mais tempo, fazendo também mais força. Foi a época em que os mamilos começaram a rachar e em que às vezes o leite empedrava. Mas o fato é que, vez ou outra, isso acontece de novo. Pouco depois do Natal, por exemplo, meu leite empedrou de novo (e olha que tinha empedrado na semana anterior) e dói pra caramba. Agora sei que dá pra tomar dipirona, o que alivia bem a dor, mas eu fico muito tensa, morrendo de medo de ter uma mastite porque a região em que o leite empedra fica muito endurecida. Faço massagem, compressa de água fria (que ajuda a diminuir a produção do leite, além de aliviar a dor), tento fazer ordenha manual (sou péssima nisso!), dou peito em várias posições, mas não raro fico com a mama empedrada de um dia para outro, sofrendo com a dor e com a possibilidade da mastite. Bem, isso foi o mais comum. Agora, pouco antes do reveillon, um dos bicos ficou muito ferido e foi mais um sofrimento. E dá-lhe dipirona e pomada, mas foi FXXX! Me lembrei da dor que senti no começo. Tem horas que realmente a gente chega a pensar em desistir porque não é mole dar o peito com ele ferido, rachado, dolorido. Por isso valorizo ainda mais quem consegue persistir e cada vez menos julgo aquelas que acabam desistindo no meio do caminho. Enfim, o objetivo não é causar pena, mas compartilhar para a gente não glamourizar a amamentação e fazer dela uma escolha bastante consciente, sabendo de tudo o que pode acontecer. Por último, digo que essa dor também é muito solitária, apesar da solidariedade das pessoas (sobretudo do marido), acho que é difícil ter ajuda nesses casos em que vc tem que esperar para a dor passar. Mas é claro que sou uma pessoa otimista e quero ser ajudada, então além das amigas com quem conversei, da pediatra do Tito e do Tio Mauro, estou querendo muito ir à reunião das amigas do peito aqui em Niterói. Quem sabe ainda não consigo fazer desse experiência algo menos doloroso antes da minha licença acabar?

Um comentário:

  1. oi querida! sou consultora voluntária de amamentação (além do meu trabalho no CineMaterna), se quiser podemos combinar uma visita ou mesmo um papo depois de uma das sessões, ok? um beijo, Bianca. Se preferir, me manda um email no bianca@balassiano.com.br e te mando meus contatos.

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