segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tito no berço (1 mês)

noticias do 1º mês

Esse final de semana estivemos na pediatra e surpresa: Tito já está com 4,5kg e 55cm (lembrando que ele nasceu com 3,555kg e saiu do hospital com um pouco menos de 3,3kg e 50 cm)! Ou seja, a criança está crescendo muito bem, obrigada! O negócio é que por trás desse resultado de sucesso há um processo bastante sofrido. Sei que não posso reclamar nadica de nada do meu rebento (que além de lindo e saudável, chora pouco e dorme à noite!), mas pelo o que tenho conversado com mães de várias gerações, o aleitamento nunca é moleza, sobretudo nesse início. Agora os meus peitos já estão calejados e é menos sofrido só que com a história da livre demanda (dar o peito sempre que a criança pede), até semana passada estava sendo bem sofrido porque, basicamente, ele ficava entre 45min e 2 horas mamando (e/ou chupetando) direto e quando parava e não dormia, chorava indicando (chupando a própria mão ou qualquer coisa que aparecia pela frente) que ainda queria mamar. E aí vem a dúvida: dou ou não dou? Como nosso peito não é uma mamadeira, fica difícil saber se ele mamou e está bem alimentado e so quer continuar na "chupeta" e no colinho ou se ainda está com fome... Posso contar que muitas vezes, ao não dar o peito, chorei junto com ele (o que parece meio patético, mas a pior coisa é se dar conta tão cedo que não seremos suficientes para nossos filhos!). Depois da nova consulta, estamos buscando um outro caminho. Durante o dia ele está mamando mais ou menos 20 min de 2 em 2 horas, à noite, só dou se ele acorda. Esses primeiros dias estão bem mais tranquilos do que a rotina anterior e espero muito que funcione para nós dois (três, se contarmos com o Gustavo!). Fora isso, acabei com meu preconceito contra a chupeta e o funchicória (utilizado, nesse caso, com motivos não médicos, apesar de ter sido indicado pela pediatra). Não estamos usando o tempo todo, mas em alguns momentos, lançamos mão desses paleativos, apesar dele não se adaptar muito. Segundo a pediatra, é importante para ele poder diferenciar o leite/ alimento da chupeta. Enfim, ainda não sabemos se vai dar certo, mas hoje estou bem menos estressada do que semana passada (e ainda dormi a noite toda!) e isso não tem preço. Fora o drama, essas primeiras semanas também tiveram momentos maravilhosos, como os primeiros sorrisos sem ser dormindo ou mamando, as visitas que fizemos e recebemos, toda vez que pegamos ele no colo (apesar de ele estar ficando um pouquinho pesado demais pra coluna da mãe), os passeios, enfim, é muito bom mesmo, sobretudo quando ele não está chorando! Tito é uma criança saudável, linda e muito fofa e tenho certeza que vamos encontrar o nosso caminho em meio a tantas experiências e informações! Na foto abaixo, nós 3 ontem, aqui em casa e, na foto acima, ele no berço, em fase de transição (agora ele dorme de dia no berço e à noite no carrinho, ainda no nosso quarto, mas por pouco tempo...).

nós3

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

quase 1 mês depois...

É, no relato anterior tinha a pretensão de falar um pouco também da nossa (nova) vida com ele aqui em casa. Mas é claro que não deu tempo, ele me convocou antes que eu terminasse. E essa é uma das coisas que tenho aprendido nessas primeiras semanas, o tempo não é mais meu, mas dele. Tento fazer as coisas nos intervalos das mamadas e dos choros. Mas uma coisa deu certo, de tanto eu rezar e conversar com ele enquanto ainda estava aqui dentro (ou então pode ser genética, quem sabe...), ele dorme de noite que é uma beleza. Do quase um mês que ele está conosco (do lado de fora da barriga) só ficamos 3 noites em claro! Não é mágico? Mas em compensação, aquela criancinha, que chegou tão quietinha, dormindo quase o tempo todo, só acordando para mamar de 2 em 2 horas já não é mais a mesma. Mamar no peito deve ser realmente uma coisa maravilhosa porque ele só pensa nisso o dia todo. À noite sou eu que acordo ele para mamar, mas durante o dia, tenho que dar uma enrolada para o peito da mamãe de recuperar entre uma mamada e outra. Agora as coisas parecem estar começando a se ajustar. Digo isso não só por ele. Posso dizer que minha maior dificuldade nessas primeiras semanas foi a dor e o incômodo por causa da episotomia. Sei que muita gente não sente quase nada, mas eu penei (e ainda estou penando). É muito chato mesmo vc ter que dar de mamar, o peito dolorido, sem dormir direito, super cansada e ainda ficar com dor, dificuldade para sentar, para andar... Enfim, se não precisar, não faça! Ainda n]ao estou 1oo% nessa parte e vou no obstetra sexta pra ele dar uma olhada. Voltando pro Tito, é maravilhoso, mas dá muito trabalho! Na primeira semana, Gustavo ficou comigo o tempo todo e foi essencial porque pudemos aprender juntos a trocar fraldar, amamentar, dar banho, trocar de roupa, enfim, aprendemos nós 3 as primeiras regras para a nova convivência. Depois disso, Gustavo continua super ativo e presente depois que chega do trabalho e, sinceramente, não consigo entender como as mães que não tem muita ajuda dos pais conseguem sobreviver (provavelmente porque alguma mulher da família acaba cumprindo a função...). Eu preferi ficar sozinha com ele, enquanto o Tavo trabalha fora. Minha mãe tem vindo uma vez por semana dar uma força (e tem sido ótimo), mas o resto do tempo tenho me virado. O difícil mesmo, é vê-lo chorar sem poder fazer muita coisa. Se ele acabou de mamar, a fralda está limpa e não há nenhuma outra evidência de que ele está com alguma dor, às vezes tenho que deixá-lo chorar (às vezes de fome, porque a criança tem fome o tempo todo, mas o bico do peito está em carne viva) e aí compreendemos plenamente de onde vem a culpa da mãe. É MUITO difícil e confesso que algumas vezes chorei (e choro) junto. Graças às muitas dicas do meu querido tio Mauro (pediatra há uns 3o anos - tudo isso?!), temos também conseguido minimizar o choro e os danos ao bico do peito (sabiam que mamão é um santo remédio cicatrizante e que é muito bom mãe e filho passarem alguns momentos do dia fora de casa?!). Bem, se hoje estou escrevendo aqui é porque estamos conseguindo sobreviver a esse momento tão especial e tão difícil de adaptação, o momento onde nós 2 viramos 3 e quando nos damos conta de que esse mais um depende totalmente de nós 2, ao mesmo tempo em que tem vontade própria e se comunica basicamente chorando... Enfim, um desafio e tanto! Mas não podíamos estar mais felizes! Como vcs já viram (alguns pessoalmente, outros pelas fotos), nosso filho é muito lindo e agora está ficando cada vez mais tempo acordado sem chorar, começando a reconhecer o mundo. E a carinha dele depois de cada mamada, de êxtase, felicidade absoluta! Bem, depois disso tudo, nem preciso dizer que pra ter filho é preciso mesmo de muita disposição, mas também já deu pra perceber que vale cada segundo empenhado nessa empreitada. Em breve, em dias de calmaria, volto a escrever um pouquinho mais.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

pouco mais de 2 semanas depois...

É, minha gente, só agora consegui ter cabeça para voltar a escrever aqui. Tanta coisa e tudo tão novo. Tantas coisas muito legais e outras nem tanto... Enfim, o nascimento da criança nos leva de volta àquela sensação de quando descobrimos que estamos grávida, ou seja, "o que faço agora?". Tudo bem, estou exagerando, na verdade, eu e Gustavo podemos dizer que ter uma terceira pessoinha conosco pareceu muito menos difícil do que todo mundo diz. Talvez porque consegui ter o parto normal, o que fez com que ele tenha nascido muito bem (apigar 9 no 1º minuto e 10 no 5º!), meu leite desceu super tranquilo e ele pegou no peito ainda no hospital (com a ajuda das maravilhosas enfermeiras da S. José!).

Bem, vamos começar do começo:

- Sobre o parto: como tudo na vida, não foi exatamente o parto dos meus sonhos, mas foi o melhor parto possível depois de toda nossa busca e empenho. Na quinta à tardinha havia ido ao obstetra e não havia nenhum sinal de que eu entraria em trabalho de parto. Saimos de lá, fomos lanchar no Rio Sul e foi aí que o trabalho de parto começou. É claro que não achei que fosse trabalho de parto, já que havia acabado de sair do médico e nada indicada que Tito nasceria logo. Isso foi mais ou menos às 19h30. Voltamos pra casa, dormi um pouco (tudo com muitas dores) e acordei de novo meia noite e meia com dores e um quadro mais claro de contrações. Gustavo começou a monitorar e vimos que estavam vindo de 5 em 5 min. Mas eu ainda não estava acreditando, achava mesmo que era alarme falso e por isso não queria ligar nem pro obstetra, nem pra nossa doula. Lá pelas 2h Gustavo me convenceu de ligar pra Fadynha (a doula). Ela tb achou estranho e mais provável ser alarme falso, mas falou para continuarmos monitorando e se o ritmo se mantivesse por mais meia hora, ligar pro obstetra e avisá-la. Foi isso que fizemos, já que a coisa não parou. Ligamos pra ele e ele nos mandou imediatamente para a S. José e que ligássemos quando estivéssemos chegando ao Rio porque nos encontraria lá. Avisamos a Fadynha, pegamos um táxi e às 3h chegamos na S. José. Apesar da simpatia da moça da recepção, que inclusive queria me mandar direto pro Centro Cirúrgico, consegui continuar meu trabalho de parto no quarto, só com Gustavo e Fadynha. O obstetra chegou logo depois. Até então, eu ainda acha que seria bem possível ele me examinar e me mandar de volta pra casa por falta de dilatação. Mas eu já estava com mais ou menos 5 cm e o tampão havia saído. Não sei ao certo por quanto tempo ficamos no quarto. Ele ainda veio mais uma ou duas vezes medir a dilatação e acho que pouco antes das 6h nos mandou pro centro cirúrgico, para a sala de pré-parto (um cubículo sem banheiro, bem menos confortável e acolhedor do que o quarto). Fui andando para o Centro cirúrgico, que ficava no mesmo andar, para espando das enfermeiras. Chegando na sala de pré-parto, meu obstetra já estava lá e falou que ia romper a bolsa. Entrei em pânico (contido, é claro) porque queria esperar as coisas acontecerem. Até aí, estava tudo bem tranquilo e as dores eram suportáveis. Ele falou que precisava romper para ver se o líquido amniótico estava OK e para ajudar o bebê a descer (mas como eu e o Tito estávamos bem, não me convenci). Pedi então para esperar o Gustavo chegar (ele e Fadynha entraram por outro lugar para mudar de roupa). Ele ficou meio bravo, não entendi bem o porquê, mas esperou e rompeu a bolsa, para minha frustração. Ficamos mais um bom tempo nessa sala, com Gustavo e Fadynha fazendo massagens e me ajudando. Acho que suportei bem a dor, mas não sei se pelo estresse com o médico ou se pelo meu limite mesmo, não consegui não pedir a analgesia. Quando já estava com 8 cm de dilatação, quase implorei por ela. O cara da anestesia era um ogro total, o que não facilitou nada as coisas. A essa altura, depois de conseguir tomar a injeção, eu fiquei super triste e decepcionada comigo mesma... Mas aí já faltava muito pouco. Acho que fomos para a sala de parto uns 40 min. antes dele nascer. Lembro que antes de sairmos na sala de pré-parto, o obstetra havia chamado o Gustavo para ver a cabecinha do Tito. Faltava pouco mesmo. Fomos pra sala de parto quando a dormência na perna já havia melhorado. Tive que fazer força e foi difícil saber onde concentrar a força com a sensibilidade alterada pela analgesia. O cara da anesteia foi quem deu "aquela forcinha" empurrando minha barriga com o braço enquanto eu fazia força pro Tito sair. Ele nasceu às 8h49 de sexta-feira super bem. Gustavo foi quem cosrtou o cordão, ele veio pra cima de mim e ficou um pouquinho conosco antes de seguir com a pediatra e com o Gustavo para o berçário antes de ir pro nosso quarto. Eu continuei lá, de perna aberta, sendo costurada. Nem vi que a placenta já havia saído e que tinha sido feita a epidotomia que eu tanto quis evitar... Segundo o obstetra, se ele tivesse nascido de 40 semanas (ou seja, 2 semanas depois), era bom possível ter sido necessária a cesárea.

- Ainda no hospital: cheguei no quarto pouco antes de Gustavo e Tito, que ficou conosco quase que o tempo todo. Como disse antes, recebemos um super-suporte da equipe de enfermagem do berçário que nos ensinou a amamentar e tb nos mostrou banho, troca de fraldas etc. O grande problema no hospital, foi que Fadynha foi chamada a atenção porque, ao que tudo indica, a S. José proibe a entrada de doulas. Um total contra-senso! No nosso caso, ela tinha sido escolhida e contratada por nós e autorizada pelo meu obstetra. Enfim, ainda queremos escrever uma carta pra lá reclamando. Mas tirando isso, foi tudo muito legal. Acabamos só saindo de lá no domingo de manhã o que foi ótimo porque muita gente aproveitou para nos visitar lá mesmo. Foram umas 50 pessoas desde sexta de manhã (minha irmã foi a primeira!) até sábado à noite.

- Episotomia: sinceramente não fazia idéia de como é chato e doloroso ter que lidar com os pontos da episotomia. Tenho falado que, se não fosse isso, eu estaria 100% no segundo dia. Mas a chatice dos pontos, que têm me incomodado muito, não tem deixado. Já faz mais de 2 semanas que ele nasceu, o médico já tirou a maior parte dos pontos, mas continuam doendo (e agora também coçando). Eu tenho tomado remédio pra dor, mas eles continuam limitando meus movimentos e posturas. Espero que tudo isso passe até o final do mês. Agora, mais ainda, não consigo compreender como alguns médicos adotam esse procedimento como rotina e não apenas em caso de necessidade!