quarta-feira, 16 de setembro de 2009

quase 1 mês depois...

É, no relato anterior tinha a pretensão de falar um pouco também da nossa (nova) vida com ele aqui em casa. Mas é claro que não deu tempo, ele me convocou antes que eu terminasse. E essa é uma das coisas que tenho aprendido nessas primeiras semanas, o tempo não é mais meu, mas dele. Tento fazer as coisas nos intervalos das mamadas e dos choros. Mas uma coisa deu certo, de tanto eu rezar e conversar com ele enquanto ainda estava aqui dentro (ou então pode ser genética, quem sabe...), ele dorme de noite que é uma beleza. Do quase um mês que ele está conosco (do lado de fora da barriga) só ficamos 3 noites em claro! Não é mágico? Mas em compensação, aquela criancinha, que chegou tão quietinha, dormindo quase o tempo todo, só acordando para mamar de 2 em 2 horas já não é mais a mesma. Mamar no peito deve ser realmente uma coisa maravilhosa porque ele só pensa nisso o dia todo. À noite sou eu que acordo ele para mamar, mas durante o dia, tenho que dar uma enrolada para o peito da mamãe de recuperar entre uma mamada e outra. Agora as coisas parecem estar começando a se ajustar. Digo isso não só por ele. Posso dizer que minha maior dificuldade nessas primeiras semanas foi a dor e o incômodo por causa da episotomia. Sei que muita gente não sente quase nada, mas eu penei (e ainda estou penando). É muito chato mesmo vc ter que dar de mamar, o peito dolorido, sem dormir direito, super cansada e ainda ficar com dor, dificuldade para sentar, para andar... Enfim, se não precisar, não faça! Ainda n]ao estou 1oo% nessa parte e vou no obstetra sexta pra ele dar uma olhada. Voltando pro Tito, é maravilhoso, mas dá muito trabalho! Na primeira semana, Gustavo ficou comigo o tempo todo e foi essencial porque pudemos aprender juntos a trocar fraldar, amamentar, dar banho, trocar de roupa, enfim, aprendemos nós 3 as primeiras regras para a nova convivência. Depois disso, Gustavo continua super ativo e presente depois que chega do trabalho e, sinceramente, não consigo entender como as mães que não tem muita ajuda dos pais conseguem sobreviver (provavelmente porque alguma mulher da família acaba cumprindo a função...). Eu preferi ficar sozinha com ele, enquanto o Tavo trabalha fora. Minha mãe tem vindo uma vez por semana dar uma força (e tem sido ótimo), mas o resto do tempo tenho me virado. O difícil mesmo, é vê-lo chorar sem poder fazer muita coisa. Se ele acabou de mamar, a fralda está limpa e não há nenhuma outra evidência de que ele está com alguma dor, às vezes tenho que deixá-lo chorar (às vezes de fome, porque a criança tem fome o tempo todo, mas o bico do peito está em carne viva) e aí compreendemos plenamente de onde vem a culpa da mãe. É MUITO difícil e confesso que algumas vezes chorei (e choro) junto. Graças às muitas dicas do meu querido tio Mauro (pediatra há uns 3o anos - tudo isso?!), temos também conseguido minimizar o choro e os danos ao bico do peito (sabiam que mamão é um santo remédio cicatrizante e que é muito bom mãe e filho passarem alguns momentos do dia fora de casa?!). Bem, se hoje estou escrevendo aqui é porque estamos conseguindo sobreviver a esse momento tão especial e tão difícil de adaptação, o momento onde nós 2 viramos 3 e quando nos damos conta de que esse mais um depende totalmente de nós 2, ao mesmo tempo em que tem vontade própria e se comunica basicamente chorando... Enfim, um desafio e tanto! Mas não podíamos estar mais felizes! Como vcs já viram (alguns pessoalmente, outros pelas fotos), nosso filho é muito lindo e agora está ficando cada vez mais tempo acordado sem chorar, começando a reconhecer o mundo. E a carinha dele depois de cada mamada, de êxtase, felicidade absoluta! Bem, depois disso tudo, nem preciso dizer que pra ter filho é preciso mesmo de muita disposição, mas também já deu pra perceber que vale cada segundo empenhado nessa empreitada. Em breve, em dias de calmaria, volto a escrever um pouquinho mais.

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