terça-feira, 15 de dezembro de 2009

impressões surrealistas

A vida é muitas vezes surreal, mas acho que vida de mãe/pai é um pouquinho mais. Ontem, entramos no elevador do prédio da pediatra do Tito. Outras pessoas também entraram, entre elas, um mulher de uns 50 e poucos anos que conversava com uma outra. Tito estava no sling no colo do Gustavo. A mulher o vê e, é claro, ignorando nossa presença como se o bebê pairasse no elevador, começa a conversar com ele chamando o menino de GORDO! Isso faz algum sentido pra vocês? Porque pra mim não faz nenhum. Além do mais, ela enfiou a cara na frente do Tito, que antes olhava pra mim, e até ameaçou fazer carinho dizendo que dava muita vontade de apertá-lo. Claro que eu fiquei olhando aquela pessoa com uma cara de quem não está gostando nem um pouco, mas, graças aos deuses, o andar dela era antes do nosso.

Eu sei que me incomodo bem mais com os(as) outros(as) do que o normal e por isso Gustavo disse não ter visto nada demais na situação. Sei que ser gordo não tem nada demais também (apesar de, pelo menos por enquanto, o Tito simpleste não ser), mas sabemos que, hoje em dia, na maioria das vezes, tem uma conotação não muito positiva (e não fui eu que inventei isso). Mas, enfim, mesmo Gustavo que diz não ter dado a mínima, à noite, já em casa disse: "Bem que a gente podia ter umas idéias rápidas em algumas situações, né?". Eu não entendi imediatamente e aí ele explicou como podíamos ter respondido à inconveniência dessa moça. "A gente devia ter falado pro Tito na hora: ri para a velhinha, meu filho!" Claro que ser velho também não tem problema nenhum (e a moça nem era tão velha), mas acho que pode ser sentido hoje mais ou menos como ser chamado de gordo (sem ser), né? Adorei! Vamos usar um dia desses!

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